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domingo, 6 de abril de 2008

OBESIDADE (PARTE 3)

Pergunta-se: como os prisioneiros de um campo de concentração puderam sobreviver por cerca de 5 anos com uma dieta em torno de 800 calorias por dia?

Se a teoria tivesse fundamento, eles teriam morrido assim que suas reservas de gordura tivessem acabado, ou seja, em poucos meses.

Do mesmo modo pergunta-se: e os superobesos, que ingerem de 4 a 5.000 calorias diárias? Se a teoria fosse verdadeira, deveriam pesar 500 kg em poucos meses.

Como explicar, com essa teoria, que certas pessoas comem pouco e mesmo assim continuam a engordar? E aqueles que comem muito e não engordam? MARTÍRIO DO OBESO em um regime hipocalórico, é preciso reduzir a quantidade de alimento para continuar a emagrecer.

Entretanto, chega-se ao ponto de quanto menos se come, mais se engorda.
Acaba-se passando por severas privações e frustrações para conseguir perder peso, chegando-se em muitos casos a apresentar um quadro de depressão ou hipotensão, fraqueza, fadiga, e até mesmo anorexia.

O efeito do regime “iô-iô” é bem conhecido: engorda emagrece, tornando-se cada vez mais difícil emagrecer, sempre se recuperando o peso inicial, e, na maioria das vezes, com algum ganho a mais.

Isso ocorre em 90% dos casos. Em um estudo realizado na Universidade da Pensilvânia, utilizaram-se ratos que receberam alimentação hipercalórica alternada com hipocalórica. Os ratos ganhavam e perdiam peso, porém o ritmo de ganho e perda variava a cada novo regime.
Assim, ao término do primeiro regime, o rato precisou de 46 dias para perder o mesmo peso que foi recuperado em 14!

A cada regime, a perda de peso tornou-se mais e mais difícil de ser alcançada, e cada vez mais rápida foi a sua recuperação.

Prova-se, assim, que o metabolismo se adapta á redução calórica.

Todo déficit calórico faz baixar os gastos metabólicos em mais de 50%, porém, é acompanhado de uma recuperação do peso, sendo que quanto maior for a diferença entre a alimentação habitual e o regime, mais rapidamente se retorna ao peso inicial.

O importante é saber o tipo de caloria e de nutrientes de que se está a fazer uso, e não se falar somente, por exemplo, em “regime de X calorias”.

Por isso, é fundamental a necessidade de termos uma dieta essencialmente equilibrada.

Resumindo: deve-se voltar a atenção mais para a qualidade e o equilíbrio da alimentação do que apenas para o número de calorias que ela apresenta.

Consultar também os artigos OBESIDADE (PARTE 1), (PARTE 2)


IMS

(continua Parte 4)

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